O que significa agir sobre as questões que você se importa? E defender mudanças em um mundo onde, às vezes, até as maiores crises globais, como guerra, extrema fome e mudanças climáticas, parecem tão próximas de casa?

Você se encontra em uma comunidade de pessoas com ideias semelhantes às suas, que compartilham sua visão de esperança. E, ao participar, você se torna parte de um movimento global dedicado a tornar o mundo um lugar melhor.

Você se torna um Global Citizen.

Em 2023, mais de 4,2 milhões de ações ajudaram a garantir compromissos históricos para a equidade, o planeta, e a erradicação da pobreza.

Por meio de campanhas como Global Citizen: NOW e Global Citizen Festival: Nova Iorque, e novas como Global Citizen: Power Our Planet e Move Afrika: Ruanda, líderes mundiais, artistas e filantropos se juntaram em três continentes por mudanças.

“Em uma era em que alguns líderes estão voltando atrás em suas promessas, suas ações produzem impacto. Então não pare de agir”, disse Hugh Evans, cofundador e CEO da Global Citizen, aos espectadores presentes no Global Citizen Festival de setembro, em Nova Iorque.

“As mudanças climáticas não podem pausar enquanto os líderes mundiais se organizam. Então não parem. As pessoas mais pobres da Terra não têm décadas para desperdiçar. Então não parem. Não podemos esperar que outra pessoa aja. Nós temos que agir AGORA”, alertou Evans.

Ao longo de 2023, mais de 88.000 espectadores de três continentes testemunharam 38 líderes mundiais subirem ao palco para se comprometerem com iniciativas para acabar com a pobreza extrema.

Os Global Citizens também celebraram os cinco vencedores do Cisco Youth Leadership Award 2023 e do Prêmio Global CitizenNkosana Butholenkosi Masuku, Deja Foxx, Pashtana Durrani, Wangari Kuria, e Ineza Umuhoza Grace — empenhados em enfrentar os maiores desafios do mundo, da educação à mudança climática.

Sessenta artistas consagrados também subiram ao palco do Global Citizen em Kigali, Paris e Nova Iorque, incluindo Kendrick Lamar, Red Hot Chilli Peppers, Ms. Lauryn Hill & Fugees, Lenny Kravitz, Billie Eilish, Natasha Bedingfield, e muitos outros.

A Global Citizen concentrou-se em melhorar o acesso à educação em parceria com a Education Cannot Wait, como parte da campanha 222 Million Dreams, elaborada pela organização.

Em seu segundo ano, o Global Citizen NOW, realizado em Nova Iorque nos dias 27 e 28 de abril, promoveu colaboração intersetorial para abordar os problemas urgentes que a humanidade e o planeta enfrentam, incluindo o lançamento da campanha “Power Our Planet” para liberar US$ 1 trilhão para nações vulneráveis afetadas pelas mudanças climáticas.

“Temos que construir um novo consenso agora, lutar contra a pobreza, descarbonizar nossa economia, precisamente para alcançar a neutralidade de carbono até 2050, e lutar pela biodiversidade”, disse o presidente francês Emmanuel Macron, em uma entrevista exclusiva com o ex-apresentador de notícias da MSNBC Joe Scarborough, no evento de Nova Iorque. “Precisamos desta abordagem país por país, e temos que ser muito precisos sobre como lidar com o dinheiro público, de forma bilateral e multilateral, e o dinheiro privado.”

Mais adiante, em junho, a Global Citizen foi até Paris, para promover o ‘Power Our Planet: Ao Vivo em Paris’, reunindo 20.000 Global Citizens, e iluminando o icônico Champ de Mars para pedir justiça em nome dos países vulneráveis ao clima.

“Não tenho como enfatizar o suficiente - precisamos mudar todo o nosso sistema para que as pessoas mais afetadas pela crise climática obtenham o que precisam para combatê-la”, disse a cantora e compositora Billie Eilish ao público de Paris. 

“Junte-se a mim para exigir ação dos líderes globais. Não no futuro, mas AGORA”, Billie Eilish completou.

Eilish se juntou a outros artistas internacionais, incluindo Jon Batiste, H.E.R, Lenny Kravitz, Jack Harlow, ao lado de líderes mundiais, incluindo a Primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley, o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, o Presidente do Quênia, William Ruto, e demais autoridades, para pedir ação sobre o clima durante o evento.

Ativistas como Helena Gualinga, Camille Etienne, Elizabeth Wathuti, e Xiye Bastida se mobilizaram, assim como Global Citizens de todo o mundo, para cobrar de Ajay Banga, presidente do Banco Mundial. O dirigente subiu ao palco do ‘Power Our Planet’ para anunciar uma mudança fundamental nas políticas do Banco Mundial para ajudar os países necessitados a combater as mudanças climáticas.

No mês de setembro, o Global Citizen Festival retornou ao Central Park, em Nova Iorque, em seu 11º ano, reunindo 60.000 Global Citizens para um dia de ação para acabar com a extrema pobreza no planeta.

Os Global Citizens realizaram mais de 3,3 milhões de ações para exigir mudanças durante o evento - o maior número de ações da história do festival em Nova Iorque.

O público assistiu performances de Red Hot Chili Peppers, Ms. Lauryn Hill, Jung Kook, Anitta, Stray Kids, 3RACHA, e mais de uma série de artistas, além da participação de destacados ativistas e defensores de compromissos históricos em equidade, o planeta, e em como lidar com a crise alimentar global.

Já em dezembro, a Global Citizen lançou a primeira edição de ‘Move Afrika’, um circuito de shows internacionais inédito - com "Move Afrika: Ruanda" realizado na BK Arena, em Kigali, em 6 de dezembro, para uma plateia lotada de 8.000 pessoas.

Organizado pela pgLang, em parceria com o artista vencedor do Grammy, Kendrick Lamar, a missão de Move Afrika: Rwanda é acabar com a pobreza extrema em todo o continente, desenvolvendo economias locais, impulsionando a equidade na saúde, priorizando o empreendedorismo juvenil, e treinamentos de habilidades.

A realização do show tem gerado um impacto duradouro para a comunidade local, através de estágios e desenvolvimento de habilidades - iniciativas que serão expandidas nos próximos anos, à medida que mais nações africanas recebem o Move Afrika.

A conclusão de 4,2 milhões de ações não é uma façanha pequena, gerando compromissos tremendos em questões fundamentais, alinhadas com os Objetivos Globais das Nações Unidas para acabar com a pobreza até 2030.

Em 2023, os Global Citizens realizaram, sozinhos, 1,5 milhão de ações para exigir equidade em áreas como gênero, espaço cívico e acesso à saúde, levando a compromissos inovadores nessas questões, além de várias promessas inéditas.

Isto incluiu um compromisso de países como Kosovo e Lituânia, que se comprometeram a proteger os defensores estrangeiros dos direitos humanos, e a inclusão de cinco novas empresas na assinatura do acordo de Anti-SLAPP, com a finalidade de proteger os direitos dos advogados.

A Bélgica também doou € 2 milhões para o UNFPA Supplies para fortalecer os sistemas de saúde que atendem à saúde sexual e reprodutiva para mulheres e meninas em 48 países.

A "Corporate Care Network", lançada pela JUST Capital e Global Citizen, redefiniu a responsabilidade corporativa, enquanto a Accenture se comprometeu com US$4,5 milhões para apoiar o emprego juvenil em vários países, promovendo a equidade.

Através de 1,5 milhão de ações em 2023, os Global Citizens também agiram em educação, segurança alimentar, saúde para acabar com a extrema pobreza em comunidades ao redor do mundo.

Os compromissos da iniciativa Stand Up for Ukraine, liderada pela Global Citizen, em parceria com a União Europeia, já apoiaram, até o momento, mais de um milhão de refugiados e deslocados internamente em 12 países.

Sightsavers, uma organização que trabalha para prevenir a cegueira evitável, ajudou a eliminar a tracoma no Benin e, com sucesso, auxiliou milhões de pessoas a combater a doença, ao apoiar governos em Gana, Gâmbia e Malawi para finalmente eliminar a doença.

A Global Citizen também anunciou, em dezembro, que mais de $7.4 bilhões em fundos arrecadados durante o Global Citizen: Mandela 100 Festival na África do Sul estão agora com organizações que ajudam a acabar com a pobreza, impactando a vida de 122 milhões de pessoas globalmente.

O Programa de Bolsas da Global Citizen, financiado pela BeyGOOD, também está fornecendo treinamento essencial para 50 jovens na África do Sul, Nigéria e Quênia, de acordo com o relatório anual de dezembro, equipando-os com habilidades e redes essenciais para se tornarem agentes de mudança de impacto social.

A França também aumentou sua contribuição para o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (IFAD) em quase 50%, chegando a US$ 150 milhões, juntamente com um novo compromisso de € 40 milhões para o fundo global Educação Não Pode Esperar (Education Cannot Wait), dedicado à educação em emergências, para apoiar a aprendizagem das crianças em crise. A Noruega também se comprometeu com US$90 milhões para o IFAD.

Os dois compromissos foram anunciados no Global Citizen Festival em Nova Iorque, após meses de campanha e tomadas de ações pelos Global Citizens.

A Helmsley Charitable Trust também se comprometeu com US$3 milhões para a Iniciativa Global de Erradicação da Pólio, com o objetivo de erradicar a pólio de uma vez por todas.

De Paris a Nova Iorque, os Global Citizens também produziram 1,2 milhão de ações para defender o planeta, combater a injustiça climática e se posicionar pelas pessoas impactadas pela mudança do clima em 2023.

Antígua e Barbuda e Timor Leste também anunciaram o endosso do Tratado de Não Proliferação de Combustíveis Fósseis para aderir à transição global longe do carvão, petróleo e gás, junto com outras nações em todo o Pacífico. A decisão comunicada pelos países abriu caminho para a Colômbia anunciar sua inclusão no mesmo tratado durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2023, em dezembro.

O Estado brasileiro do Pará se comprometeu a expandir as áreas protegidas em 1 milhão de hectares na Floresta Amazônica no Brasil e restaurar 5 milhões de hectares de floresta até 2030.

O apoio fundamental ao financiamento climático veio de nove membros do Congresso dos Estados Unidos, do líder do Partido Trabalhista do Reino Unido, Keir Starmer, e da Irlanda, que reafirmaram o compromisso de fornecer anualmente € 225 milhões para o financiamento climático internacional até 2025. Os EUA também contribuíram com US$15 milhões para lançar o End Plastic Pollution International Collaborative (EPPIC), iniciativa público-privada para dar fim à poluição plástica.

Para acabar com a pobreza extrema, todos nós devemos nos comprometer com a mudança. Mas essa mudança só acontece quando somos inabaláveis em nosso compromisso de criar um mundo onde todos prosperam com dignidade.

Colocar a dignidade em prática significa movimentar os mecanismos que permitam uma ação sustentável sobre a maior crise do nosso tempo, desde a mudança climática até a equidade de gênero, protegendo o espaço cívico e o acesso aos cuidados de saúde.

Os Global Citizens realizaram mais de 33.5 milhões de ações desde 2009. Hoje, essas ações, em combinação com o trabalho de advocacia de alto nível, arrecadaram mais de US$43,6 bilhões, sendo distribuídos aos nossos parceiros ao redor do mundo, impactando 1.29 bilhões de vidas na luta para acabar com a extrema pobreza.

Nunca foi tão crucial para o mundo agir contra a mudança climática, a fome global, a desigualdade de gênero, a diminuição dos espaços cívicos e os problemas sistêmicos que mantêm as pessoas presas na pobreza.

Adicione sua voz ao movimento e junte-se à Global Citizen na missão de acabar com a pobreza extrema e conduzir soluções para alguns dos maiores desafios do mundo.

Impact

Exija Equidade

Global Citizens realizaram 4.2 milhões de ações para combater a pobreza em 2023. Veja o que aconteceu.

Por Camille May