Ansioso para o Global Citizen Festival deste ano? Nós também!
Mas, antes de nos reunirmos novamente no dia 28 de setembro para a 12ª edição do festival, queremos dar um passo atrás e olhar para o panorama geral por trás de todo o espetáculo. Afinal, isso é muito mais do que uma celebração — é uma oportunidade para as pessoas se unirem, terem suas vozes ouvidas e exigirem mudanças reais daqueles em posições de poder. É uma parte estratégica e fundamental da nossa missão de erradicar a extrema pobreza no mundo inteiro.
Quer saber como? Vamos lá.
Primeiro: um resumo rápido sobre o Festival em Nova Iorque
O Global Citizen Festival acontece no Central Park, bem no coração de Nova Iorque, há 11 anos. E estamos de volta este ano com um dos nossos line-ups mais comentados de todos os tempos, trazendo superestrelas globais como Post Malone, Doja Cat, Rauw Alejandro, Jelly Roll e outros artistas que ainda serão anunciados nas próximas semanas. O Embaixador Global Citizen, Hugh Jackman, será nosso anfitrião da noite, com participações especiais da Dra. Jane Goodall e do curador do Global Citizen Festival, Chris Martin, vocalista do Coldplay.
É um momento para celebrar tudo o que conquistamos no último ano e continuar com o trabalho que ainda precisa ser feito para construir um mundo melhor. Na verdade, há muita coisa a ser feita: cerca de 712 milhões de pessoas vivem em situação de extrema pobreza hoje, definida pelo Banco Mundial como aquelas que sobrevivem com menos de US$2.15 dólares por día (cerca de 9% da população mundial).
Como funciona exatamente?
Diferente de um festival tradicional, a maioria dos ingressos não é vendida — eles são conquistados. Os fãs podem ganhar ingressos gratuitos ao realizar ações em nosso aplicativo ou site. O evento culmina em uma noite que reúne Global Citizens, artistas, ativistas, líderes mundiais, parceiros corporativos e organizações sem fins lucrativos, todos com um objetivo em comum: acabar com a extrema pobreza agora.
O que significa realizar uma ação? Isso pode envolver assinar petições, aprender sobre injustiças sistêmicas, fazer doações, amplificar postagens nas redes sociais, ou entrar em contato com representantes eleitos para promover mudanças duradouras. A cada ação realizada, os Global Citizens acumulam pontos que podem ser usados para concorrer a ingressos para o Festival.
Esse modelo garante que milhões de Global Citizens possam se envolver facilmente em ações coletivas que geram impacto — e sejam incentivados a continuar agindo, dia após dia.
Qual é o impacto de todas essas ações individuais?
Ótima pergunta. Desde 2009, os Global Citizens já realizaram mais de 33,5 milhões de ações em nossas plataformas. Mais de US$43,6 bilhões de dólares foram destinados a organizações e pessoas que lutam para acabar com a extrema pobreza, impactando mais de 1,3 bilhão de vidas.
Ao longo dos anos, as promessas feitas pelos líderes mundiais e membros do setor privado nos Festivais Global Citizen incluíram não apenas compromissos financeiros, mas também o fortalecimento de políticas e estruturas globais de direitos humanos que visam erradicar a extrema pobreza.
Só no ano passado, a campanha do Global Citizen Festival 2023 mobilizou um número histórico de compromissos monumentais no valor de US$290 milhões de dólares. Com ênfase na segurança alimentar e no apoio a pequenos agricultores, foram anunciados compromissos iniciais no valor de US$240 milhões de dólares para o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), com a França e a Noruega liderando o movimento.
A política climática também registrou avanços significativos. O estado brasileiro do Pará se comprometeu a proteger 1 milhão de hectares de terra na Amazônia até 2025, priorizando a proteção de terras indígenas e o combate ao desmatamento ilegal. Além disso, Antígua e Barbuda e Timor-Leste endossaram o Tratado de Não Proliferação de Combustíveis Fósseis, que propõe um acordo global para a eliminação gradual do petróleo bruto em favor das energias renováveis. Já a Irlanda garantiu que cumprirá suas promessas de financiamento climático até 2025, contribuindo com €225 milhões de euros por ano a partir desse período.
No campo da equidade, o governo da Bélgica se comprometeu com €2 milhões de euros para o programa de Suprimentos do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), marcando seu primeiro compromisso com a ONU para ampliar o acesso global a cuidados de saúde materna e contracepção. Na educação, a França fez um novo aporte de €40 milhões de euros para a iniciativa Education Cannot Wait (ECW), ajudando crianças em países afetados por conflitos a continuarem seus estudos.
O impacto dos festivais não se limita ao palco de Nova Iorque. Edições ao redor do mundo também resultaram em compromissos históricos. Por exemplo, o Global Citizen Festival Mandela 100, realizado em 2018, em Joanesburgo, contou com mais de 60 compromissos para oferecer treinamento profissional, assistência médica, educação e outros serviços a comunidades em toda a África. Cinco anos depois, mais de US$7,4 bilhões de dólares já foram entregues a organizações dedicadas a combater a extrema pobreza, impactando a vida de 122 milhões de pessoas em todo o mundo. Na Alemanha, o festival realizado em 2017, em Hamburgo, gerou compromissos de €638 milhões de euros (cerca de US$706 milhões de dólares), previstos para beneficiar 113 milhões de pessoas até 2030. Na Índia, o Global Citizen Festival 2016, realizado em Mumbai, trouxe 28 compromissos com potencial de impactar quase 560 milhões de vidas até 2030.
O melhor de tudo isso? O impacto continua mesmo depois que as luzes do Festival se apagam. Todos os compromissos firmados são acompanhados para garantir que a entrega de recursos e serviços essenciais aconteça por muitos anos após o evento.
O que estamos defendendo em 2024?
Todos os anos, o Global Citizen Festival destaca as demandas políticas mais urgentes para gerar o máximo de ação possível. E em 2024 não será diferente. As crises que o mundo enfrenta hoje são interligadas e complexas; é impossível, por exemplo, separar a crise climática das questões de bem-estar social, já que o Banco Mundial estima que até 132 milhões de pessoas podem ser empurradas para a pobreza devido às mudanças climáticas até 2030.
Isso significa que é essencial enfrentar essas questões simultaneamente. Com isso em mente, estruturamos nossas principais metas políticas em três pilares de ação:
- Derrotar a Pobreza
- Defender o Planeta
- Exigir Equidade
Precisamos derrotar a pobreza para que todas as pessoas e nações tenham a oportunidade de prosperar. Isso pode ser feito fortalecendo as fontes de financiamento internacionais, incluindo a Assistência Oficial ao Desenvolvimento (ODA) dos países mais ricos, e implementando reformas globais voltadas para o desenvolvimento econômico. Nosso principal pedido este ano? Estamos pedindo aos países do G7 — Canadá, França, Alemanha, Japão, Itália, EUA e Reino Unido — que aumentem seu apoio a programas de combate à pobreza, realizando novas contribuições para a Associação Internacional de Desenvolvimento (AID) do Banco Mundial, um dos principais instrumentos de empréstimos a juros baixos ou nulos para países de baixa renda. Confira mais maneiras de agir para Derrotar a Pobreza aqui.
Enquanto isso, a crise climática já está em curso — e é hora dos líderes globais agirem de verdade. Não podemos aceitar promessas vazias nem permitir que países adiem a eliminação dos combustíveis fósseis. O planeta não pode esperar. É por isso que estamos trabalhando para garantir que governos se comprometam com financiamentos climáticos adequados e invistam em medidas de adaptação e soluções robustas baseadas na natureza. Entre outras ações, queremos assegurar a proteção da Floresta Amazônica por meio da mobilização de US$1 bilhão de dólares em compromissos de empresas, fundações e governos, incluindo apoio a projetos liderados por indígenas na região. A Amazônia é um dos maiores sumidouros de carbono do mundo, armazenando cerca de 150 bilhões de toneladas de carbono — sua destruição liberaria quantidades desastrosas de carbono na atmosfera, enquanto sua restauração fortaleceria ainda mais sua capacidade de mitigação.
Por fim, num mundo mais justo, todos os direitos humanos devem ser respeitados e protegidos. Isso inclui o direito a condições de vida dignas, alimentação nutritiva, acesso a cuidados de saúde acessíveis e educação de qualidade. Ao ampliar as oportunidades de participação cívica, pessoas historicamente marginalizadas podem se tornar protagonistas e agentes de transformação. Este ano, uma de nossas principais metas para Exigir Equidade é pressionar o Reino Unido, França, Alemanha, Comissão Europeia, Canadá, EUA, Austrália, Suécia e Noruega a aumentarem suas contribuições para a Gavi, a Aliança de Vacinas, garantindo seu financiamento até 2030 e ajudando a salvar mais de 8 milhões de vidas nesse período.
Esses são objetivos ambiciosos — e é por isso que construir um movimento global de milhões de pessoas dispostas é mais vital do que nunca. Eventos como o Festival Global Citizen essenciais. Ao unir o poder da música, da comunidade e da ação coletiva, o Festival cria uma sensação inesquecível de que estamos juntos nessa luta. Ele amplia nossa mensagem, trazendo novos Global Citizens todos os anos para se somarem à causa de eliminar a extrema pobreza em nossa geração.
Então, o que você está esperando? Torne-se um Global Citizen hoje. Esperamos te ver em Setembro!